O RPG, ou Role-Playing Game, é um tipo de jogo em que os participantes assumem papéis fictícios em um mundo imaginário, criando narrativas e interagindo com base nessas personas. Geralmente, um mestre conduz a história, definindo cenários e desafios para os jogadores. É uma experiência colaborativa, onde a criatividade e a interpretação são fundamentais. Dentro do universo dos RPGs, existe uma modalidade conhecida como PBEM, ou Play-By-Email.
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Nesse formato, os jogadores interagem por meio de trocas de e-mails ou mensagens, criando a história de forma assíncrona, ou seja, cada um responde no seu próprio tempo. Cada mensagem representa uma ação, pensamento ou diálogo do personagem, avançando a trama gradualmente.
O PBEM oferece uma abordagem mais flexível e detalhada do RPG. Os jogadores têm tempo para planejar suas respostas, desenvolver seus personagens e contribuir para a história sem a pressão do tempo real. É como escrever uma história colaborativa, onde cada participante adiciona sua parcela à trama, explorando a imaginação e a profundidade dos personagens de forma mais elaborada do que em outros formatos de RPG.
Ao contrário das sessões presenciais ou online, o PBEM permite que os jogadores mergulhem mais profundamente na história, explorando nuances, elaborando estratégias e criando vínculos entre os personagens ao longo do tempo. O foco está na narrativa e no desenvolvimento dos personagens, tornando-se uma experiência mais introspectiva e detalhada para os participantes.
As trocas de mensagens constantes e a construção gradativa da história oferecem aos jogadores a oportunidade de aprimorar suas habilidades de escrita e interpretação. Através do PBEM, é possível explorar cenários mais complexos, enfrentar desafios intricados e criar tramas mais elaboradas, já que a comunicação por texto permite uma expressão mais cuidadosa e detalhada das ações e emoções dos personagens.
Apesar de demandar um ritmo mais lento, o PBEM é apreciado por jogadores que buscam uma imersão profunda na narrativa e no desenvolvimento dos personagens. É uma oportunidade única para explorar mundos fantásticos, criar histórias envolventes e interagir de forma criativa e colaborativa, tudo isso enquanto se desenvolvem habilidades de escrita e interpretação.
Que experiência singular, não é mesmo? O PBeM foi a minha porta de entrada no mundo dos RPGs. Sou um jogador dos anos 1990, criado com AD&D e Gurps, mas infelizmente, os grupos que integrei duraram no máximo uns 3 anos.
Foi em 1998 que conheci essa nova forma de jogar RPG, o PBeM. Fiz uma brincadeira no antigo Cadê ou Aonde, não me recordo ao certo, algo como “RPG email jornada nas estrelas”, e foi assim que descobri o Fronteira Final, um PBeM voltado para Jornada nas Estrelas.
Entrei numa Academia para aprender a jogar neste PBeM, passei uns 3 ou 4 meses lá até ser promovido para alferes em uma das instalações. Joguei nesse universo de 1998 até meados de 2005, quando o grupo acabou.
Nesse tempo, participei de outros jogos baseados em universos como FarScape, Babylon 5, StarGate, entre outros. Mas por causa do meu amor por Jornada nas Estrelas, criei meu próprio jogo, o USS Bishop NCC-77201-A. Durou 15 anos, com cerca de 14 jogadores no auge, espalhados por cinco instalações (uma base estelar e 4 naves).
Jogar RPG, mesmo de maneira diferente como no PBeM, foi uma distração, um alívio do estresse e uma diversão. Conheci ótimas pessoas nesse mundo gamer, alguns ainda são amigos próximos.
Eu realmente acredito que, mesmo nos dias agitados de hoje, o PBeM mantém seu lugar. Recentemente, procurei outros grupos e descobri que muitos ainda estão ativos, inclusive alguns americanos.
No entanto, acabei encontrando outra forma de jogar: o PBF, ou Play-By-Forum. Entrei no mundo do ImagiNations, onde participei de Chia e Harkadya, e agora estou envolvido em Colonization, que já está em sua quinta temporada. Essa modalidade oferece uma dinâmica similar ao PBeM, mas ocorre em fóruns online, onde cada postagem avança a história do jogo. É uma maneira interessante de interagir com outros jogadores, desenvolver tramas complexas e explorar novos universos narrativos.
Espero um dia montar outro PBeM e jogar por mais quinze anos nesse universo! Jogar PBeM é realmente incrível. E jogar RPG é gostoso demais.
