Aqui no Brasil as casas de arcades eram mais conhecidos como fliperamas, apesar de que fliperama remete, na verdade, aos jogos eletromecânicos que usam os flippers, que são aquelas alavancas que, em sua maioria, vinham em duas e que serviam para bater nas bolas de pinball.
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Ainda assim, o termo fliperama foi bastante utilizado no Brasil na década de 1980 e 1990 e remete muito a infância e/ou a adolescência de uma boa parte dos gamers no nosso país, principalmente pelo fato que, muitas vezes, jogar num fliperama – ou no bar do seu zé – era mais barato que jogar numa locadora onde se podia alugar a hora, por exemplo ou, talvez, o local fosse mais perto do que as ditas cujas.
No meu tempo, frequentei os vários tipos de fliperama, indo para os de Shopping, passando pelos de rodoviária, os que tinha em lanchonete perto do colégio e, até mesmo, o que muita gente fala que são os dos bares dos zés da vida! E, claro, conheci um quão sem número de jogos que me lembro até hoje. E que jogos senhores, que jogos.
Quem aqui nunca curtiu um Cabal, TMNT – The Arcade Game, The Simpsons – The Arcade Game, TMNT – Turtles in Time, Street Fighter 2, Street Fighter 3, Street Fighter Alpha, Mortal Kombat 1, Moonwalker, Pole Position, Elevator Action, Rally X, Daytona USA, Virtua Fighter, a série Vs da Capcom, vários Kof, Fatal Fury, Gladiator, Maddog Mccree e um dos títulos mais louco que eu já joguei na minha vida: Time Traveller.
Na minha cidade eu vi todo tipo de gabinete. Veio máquinas originais, muitas delas da SEGA, Konami e Capcom e outras bem xulé e piratinhas minhas mesmo, como o divertidíssimo Street Fighter 2 de Rodoviária. E isto porque aqui em Fortaleza não vinha muita máquina nova, porque eu sei que o negócio era concentrado em São Paulo, depois no Rio de Janeiro e Minas Gerais, mas, ainda assim, era bacana ver e conhecer uma boa quantidade de fliperama diferente por lá.
Os anos de 1980 (que no caso eu só me lembro de coisa de 1988 em diante) e 1990, foram os melhores anos – na minha opinião – para este tipo de jogatina, pelo menos aqui no Brasil e que se casa, perfeitamente, com a Era das Locadoras neste mesmo período. Claro que isto é uma percepção local minha e que pode ser bem diferente na região que você mora.
Mas nos anos 2000 tivemos, digamos assim, uma segunda fase de fliperama em Fortaleza, principalmente com as lojas da GameStation, que trouxeram diversas máquinas, entre jogos novos e antigos, para a alegria do pessoal sedento por mais máquinas de arcade e pinball.
A quantidade de jogos nesta nova casa de fliperama era algo dantesco e, o bom, que não era tão caro quanto se imaginava, tinha, até mesmo, promoções na semana. Pagava, sei lá, R$ 10,00 e podia jogar durante 3 horas seguidas em qualquer máquina. Estou chutando, porque eu realmente não lembro o valor e nem a duração da promoção.
Ter, novamente, a possibilidade de se estar numa casa de fliperama e ter uma gama razoável de jogos para se jogar, foi algo muito bacana lá pelos idos de 2000, 2001. Aproveitei bastante, principalmente pelo fato que ficava literalmente do lado da escola que eu frequentava – e ainda fazia curso de inglês na parte comercial do Shopping.
Bons tempos que não voltam, principalmente porque, além de lançamentos ficarem mais restritos no Japão, o negócio de arcades não dá tanto lucro como antigamente, principalmente porque tem de competir não tão somente com o console caseiro, mas, também, com os celulares e isto é uma competição bem braba. Mas, ainda assim, mato saudade dos joguinhos usando o MAME.
E aí senhores, vocês curtiam ir no Fliperama? Quais são os seus jogos mais marcantes?
