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Eu não tenho nada para jogar…

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Quem aqui nunca falou, pelo menos uma vez na vida, a conhecidíssima frase: “Eu não tenho nada para jogar“? Esta oração é quase que unânime na boca de quase todo o jogador de videogame que mora no Brasil – e, quiçá, no mundo.

Eu não tenho nada para jogar… Ela soa verdadeira, por um tempo e até que muitos concordam sobre a questão de não ter nada para jogar, mas, analisando a mesma, vemos que não é bem assim que funciona a coisa.

Não existe nada para jogar mesmo?

Acontece que por mais jogos que tenhamos a disposição em nossas bibliotecas, sejam as virtuais – Steam, GOG, Epic, Live, PSN -, ou as físicas, parece que nunca estamos realmente satisfeitos com aquilo que temos em mãos e quando vamos jogar algo, acabamos não pegando aquilo que compramos recentemente, mas jogando o mais do mesmo que já conhece dos últimos 10, 20, 30, 40 ou mais anos.

Esta é uma prática extremamente comum e não acontece tão somente em jogos, livros, filmes, seriados, toda e qualquer forma de entretenimento acabamos seguindo aquele cantinho mais confortável para passar o tempo e isso, por si só, pode acabar limitando a nossa forma de como vemos aquilo que possuímos.

Mas será que mesmo tendo 300 jogos no Steam, você (no caso eu) não tem nada para jogar?

Existe um universo lá fora

Toda vez que eu vejo a frase… nada para jogar, fico imaginando o que a pessoa tem em mãos para dizer isso. Se vivêssemos na década de 1990, sem os diversos tipos de acessos possíveis e as possibilidades de comprar – ou usar a versão educativa – jogos, até concordaria com a pessoa em questão.

Vou daqui três exemplos da minha pessoa. Como muitos sabem, eu jogo emuladores, só por conta disso, tenho o fullset dos seguintes sistemas SEGA:

  • Master System;
  • Game Gear;
  • Mega Drive;
  • Saturn Americano;
  • Dreamcast Americano.

Desta forma fui ver no Wikipedia a contagem oficial de quantos jogos tem cada sistema. E foram estes os números que passo para vocês; 313 jogos para o Master System; 364 jogos para o Game Gear; 878 jogos para o Mega Drive; 205 jogos para o SEGA CD; 1048 jogos para o Sega Saturn; 624 jogos para o Dreamcast.

Se formos somar os jogos só do sistema SEGA, então teremos 3432 títulos. Se eu for colocar o meu gosto pessoal, certamente irei descartar uns 400 a 500 jogos no total, ainda assim 2900 neste universo inteiro é muita coisa para conhecer! Mas, ainda assim, as vezes me pego pensando ou escrevendo por aí, eu não tenho nada para jogar.

Talvez você não esteja procurando direito?

Não sei vocês, mas eu resgatei uns 120 jogos da Epic, tenho 300 jogos no Steam, mais uns 40 do GOG, Origin tem mais uns 20, Prime Gaming já perdi a conta, isso sem contar Roms e ISOS dos mais diversos sistemas, então acabo falando algo do tipo de não ter nada para jogar, não porque tenho falta de títulos a minha disposição, mas sim, e isso é o mais provável, a minha preguiça de testar algo novo, de pegar alguma coisa aleatória e passar mais do que cinco minutos vendo se aquilo vale a pena para jogar.

Como eu disse acima, muitas vezes caímos na armadilha de ficar jogando aquilo que já estamos acostumados e a tralha que acabamos pro acumular nos serviços digitais ou físicos, ficam lá parados e acabamos até mesmo esquecendo que havíamos comprados os mesmos para jogá-los eventualmente.

Agora imaginem o seguinte. Se com o universo da SEGA já existem aí mais de 3400 títulos para se jogar – excluindo aí os arcades -, imaginem o universo da Atari, da SNK, da Nintendo, da Sony, da Microsoft e os mais diversos arcades que podem ser acessados pelo MAME? E isso sem falar dos computadores como o MSX, o Commodore, o Amiga e o DOS.

No mínimo temos um tesouro com um montante de 20.000 a 40.000 jogos? Se alguém fosse jogar um título por dia, iria passar uma vida inteira e, talvez, fecharia todos os jogos do Master System ou do NES, mas não conseguiria abarcar todos os sistemas que temos a disposição.

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Este jogo me pegou de surpresa e agora tenho 100 horas de jogatina!

Acredito que se prestamos mais atenção naquilo que temos, eventualmente acharmos algo para jogar e pode até mesmo se surpreender com aquela compra esquecida de uns 2 ou 3 anos, como é o meu caso com Stardew Valley, que agora estou completando 100 horas com esse singelo joguinho de fazendinha.

E aí, você é qual tipo de jogador? Aquele que não tem nada para jogar ou aquilo que compra dá uma jogadinha ou até mesmo fecha os jogos ao invés dos mesmos ficarem acumulando poeira digital ou real?

 

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