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Tiroteio nos EUA e a violência dos jogos

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A semana não poderia ter terminado – ou começado – de pior maneira. Para quem está por fora, aconteceu um ato de violência nos EUA no último domingo, 26 de agosto, onde um suposto jogador derrotado de um campeonato de NFL atirou contra uma multidão.

De acordo com uma coletiva de imprensa por parte da polícia local, três pessoas morreram – incluindo o atirador – e 11 ficaram feridas.

As informações que foram repassadas pela polícia deram a descrição de um homem branco de 24 anos, natural da cidade de Baltimore, Maryland. O canal Fox News, também nos EUA, chegou a um possível suspeito, o seu nome David Katz, sendo que ele já competiu em outros torneios de Madden no passado.

O vídeo abaixo dá para ver e ouvir o ato de violência aos presentes no local.

Alguns podem se perguntar, sim, e daí, aconteceu um tiroteio nos EUA por conta de um campeonato, o que isto tem a ver com videogames? Somente tudo…

É de praxe que tais tipos de atos de violência são comuns nas mais diversas congregações humanas por aí. Jogos de futebol, shows, eventos onde se acumulam um bom contingente de pessoas são alvos perfeitos para que este tipo de ação ocorra.

O problema, para nós que adoramos jogos eletrônicos, é que quando algo do tipo acontece no “nosso” meio, o que acaba respingando é que: Videogames são violentos. Olha aí essa garotada se matando por videogame!

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David Katz como vencedor do torneio de 2017

Viram o quão perigoso é começar a semana assim? A Globo não fez uma cobertura ostensiva sobre o evento, apenas notificou o ocorrido, mas é sempre bom ficar atento quando a manipulação de informação. Outros sites reportaram o ocorrido de maneira bem coerente, como o Polygon, UOL Esportes  tanto o Telegraph quanto o New York Times aproveitaram para falar não da violência dos jogos eletrônicos e sim sobre o controle de porte de armas nos EUA.

Pelo Twitter, alguns jogadores profissionais, além das palavras de pesar requeridas pelo momento, também falaram que se faz necessário que os eventos tenham mais segurança para que algo assim não ocorra, mas será que só isto basta?

Claro, é importante dizer que os videogames não influenciam na mente das pessoas, claro que o fazem, assim como todo e qualquer produto cultural de nosso meio.

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O caso mais emblemático no Brasil. O atirador do shopping.

Sejam livros, sejam revistas em quadrinhos, seriados, filmes, novelas, a propaganda, as pessoas ao nosso redor, tudo é motivo de influência para o nosso cérebro, mas isto não quer dizer que, por exemplo, o videogame é o principal motivador para com estes insanos tiroteios que ocorrem nos EUA.

Dizer que a pessoa sai por aí para fazer um Killing Spree (matar em massa) nas ruas de uma cidade por conta do videogame soa tão falso e irreal como dizer que alguém começou a estuprar os outros por conta de um filme ou um livro.

Como as pessoas ajam ou deixam de agir é algo que vem de berço, com o convívio para com a família e, também, com os amigos ao redor. O nosso modus operandi é influenciado por estes principais atores que vivem em nosso mundo.

A violência que vem da gente não pode ser embrutecida, compactada e jogada ao leu dizendo que: ah, a pessoa matou por conta dos videogames ou por conta dos filmes ou por conta dos seriados, não, isto é uma inverdade. Uma injustiça para uma ferramenta ou meios que, em sua grande parte, funcionam como formas de catarse para as nossas vidas.

Espero que este evento não seja mais um ponto negativo para os videogames e que as pessoas não venham a ligar os atos de violência por conta dos mesmos.

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