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Rough Justice: ’84 | PC

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Uma das coisas boas dos jogos indies é que eles podem apostar numa jogabilidade diferenciada para chamar a atenção de velhos e novos jogadores. E este é o caso do Rough Justice: ’84.

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Na verdade este jogo trilha o caminho de, pelo menos, de alguns jogos, temos um pouco de Carmen Sandiego, misturado com os dados de AD&D, alguns jogos de tabuleiro como Banco Imobiliário, por assim dizer, e minijogos, como vistos em Bioshock e Deus Ex: Human Revolution.

A Cidade Corrupta

A cidade paralisada pelo crime desenfreado. Libertado após sua prisão injusta, o ex-detetive da cidade de Seneca, Jim Baylor, concorda em consultar na operação da agência de segurança de seu antigo amigo, que está em declínio. O que parecia um favor ao seu ex-parceiro desenrolou-se, revelando uma conspiração mais profunda envolvendo agências de inteligência estrangeiras, corrupção e um mal indizível, trazendo consigo memórias de trauma que Jim acreditava estar enterrado há muito tempo.

Em uma cidade tão infestada pela corrupção, o tempo está se esgotando e Jim deve utilizar todos os recursos disponíveis na agência para deter um inimigo desconhecido cujo alcance se estende a inúmeras instituições. Com a ajuda de sua crescente equipe de agentes altamente habilidosos, Jim tem o que é preciso para sair vitorioso nesta batalha pela alma de Seneca?

Num primeiro momento pode-se pensar: Opa, vamos ter mais um briga de rua? Um jogo de porradaria ao estilo Final Fight ou Streets of Rage? Até que poderíamos ter algo parecido, mas Rough Justice: ’84 envereda para um outro caminho. O mundo do jogo é mais voltado para as séries policiais, como Miami Vice (Corrupação em Miami), Magnum, P.I (Magnum, o Detetive Particular), The Equalizer (O Protetor) ou Knight Rider (A Super Máquina).

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Parte da sua equipe

E neste mundo bem oitentista, temos uma cidade tão oitentista quanto as músicas, os cenários e, também, os personagens.

Muito neon, muito glitter, mas ação, só na imaginação

Como outros jogos no estilo, Rough Justice não é um título voltado para ação, mas sim para muita leitura, sorte e perspicácia em quais agentes você vai escolher para determinados casos.

Mas como assim escolher agentes? Você é um dono de uma agência particular e lá você precisa contratar agentes, cada qual com suas características mais fortes para resolver os mais diversos casos no jogo. 

Até onde eu fui, tinha as opções de casos de segurança e investigação, reposição de veículos e casos 24/7, que consiste em diversos mini-games entre eles ligação direta, verificação de malas em raio-x e, até mesmo, abrir cofres.

Rough Justice

Mas muitos dos casos consistem, basicamente, em rolar dados com as habilidades dos agentes que são contratados durante um período de tempo. E eles não são baratos no começo do jogo. Na verdade, além de gerenciar a agência financeiramente, você vai gerenciar cada agente seu com muitas minúcias.

Agora não é porque o jogo não tem ação de sair atirando em todo mundo que isto significa que o jogo seja parado ou sem emoção. Para aqueles que curtem Carmen Sandiego ou os seriados dos anos de 1980, este jogo é um prato cheio.

Aquele som oitentista

O clima “brega” e “chique” dos anos de 1980 não estão completos se não houver aquela música eletrônica de fundo e em Rough Justice: ’84, ela está presente em cada segundo do jogo e a parte boa é que elas não nem um pouco enjoativas.

Pelo contrário, as músicas dão um belo tom ao jogo em questão e você fica compenetrado na jogatina como um todo, indo cada vez mais fundo aos anos de 1980.

Penetre fundo no mundo, mas não tanto…

A melhor forma de aproveitar este jogo não é tentar fazer muita coisa ao mesmo tempo e de uma só vez. Rough Justice é um título que vale a pena a ser jogado ao longo do tempo, principalmente porque, as vezes, o jogar de dados para cumprir as missões e que podem resultar num fracasso podem ser bem frustrante e jogar um título com raiva em seu azar não vale a pena.

Pegue uma ou duas horas, faça as missões que acha que está com sorte de fazer, alguns mini-games e bata o ponto para aquele dia. Este é o tipo de jogo que não PRECISA rushar e sim é aquele que você tem de aproveitar um tempo apenas.

Principalmente para aqueles que até gostam do jogo desse estilo, mas os mini-games, que devem servir para relaxar na jogatina, se tornam relativamente repetitivos ou quando os dados não o ajudam de forma alguma.

Conclusão

Rough Justice: 84′ é o tipo de jogo para aqueles que querem visitar os anos de 1980 e conhecer um pouco a década perdida ou para aqueles que vivenciaram aquela época, relembrar os momentos que assistiram tantos filmes e séries criados naquele momento.

Há policiais incriminados, corrupção no departamento, uma busca pessoal por informações e muitas pessoas prontas para recorrer a agentes independentes para obter justiça quando o governo local não pode mais fornecê-la. A cidade de Seneca pode ser fictícia, mas a corrupção que a afeta tem muitos paralelos no mundo real.

Também é um jogo bem bacana para os fãs de jogos de tabuleiro, RPG e que curtem Carmen Sandiego, Phoenix Wright e os minijogos contidos em títulos como Bioshock e Deus Ex: Human Revolution.

O jogo só precisa equilibrar um pouco mais na questão do uso de dados ou dar um pouco mais de “sorte” ao jogador para que o mesmo não se frustre tanto, mas, ainda assim, o título vale pela sua curiosidade.

E tem outra questão, não há opção para textos em pt-br, tornando-o um jogo um pouco difícil de ser apreciado em terras tupiniquins.

Rough Justice: ’84 é desenvolvido pela Gamma Minus UG e publicado pela Daedalic Entertainment.

Atualmente o jogo se encontra atualmente no Steam para compra.

Abaixo um vídeo dos 30 primeiros minutos do jogo.

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