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Beyond Sunset

Quando se pensa que o DOOM não pode oferecer mais nada, é aí que surge mais um jogo provando o quanto você pode moldar a engine do DOOM a seu favor. Beyond Sunset é o mais novo jogo que utiliza uma engine do DOOM extremamente modificada, demonstrando o quão maleável é essa criação da id Software.

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Um Cyberpunk first-person shooter com uma história rica e elementos de RPG. Você é Lucy, uma samurai urbana aprimorada em busca de memórias perdidas. Lute em níveis grandes, abertos e interativos tomados pela yakuza, zumbis, robôs e chefes!

E qual é a história?

Sunset City, Califórnia, 20XX. Você acorda após uma criostase, com perda de memória no nevoeiro confuso da hipersonia. Você imediatamente começa a manifestar habilidades poderosas. Reações rápidas como um raio. Habilidades de combate inatas. Agilidade quase sobrenatural.

Uma mulher misteriosa chamada Yuri oferece um trato a você. Em troca de devolver suas memórias, você terá de utilizar seus poderes para se tornar uma samurai de rua em Sunset City, uma cidade dominada pelo crime e infestada de pragas.

Parece que a história simples realmente cativa o jogador, levando-os a uma aventura intrigante na cidade de Sunset, que surpreende pela qualidade do seu design de níveis.

Mapa grotescamente gigante!

Pode parecer uma reclamação, mas não é. Na verdade, o mapa da cidade criado pelo pessoal da Metacorp / Vaporware é admiravelmente excelente e refrescante.

A cidade de Sunset em Beyond Sunset é um gigantesco hub com uma parte central e diversas ramificações, cada uma repleta de inimigos e passagens secretas para serem descobertas.

Beyond Sunset
Uma parte do mapa da cidade de Sunset

Ao contrário de muitos jogos FPS que seguem uma linha extremamente linear, indo do ponto A ao ponto B, aqui a exploração é essencial para o jogo. Isso lembra muito os mapas de jogos como DOOM, Wolfenstein, Duke Nukem 3D, Rise of the Triad e, principalmente, Quake II.

Para quem é fã desse tipo de jogo, com muito mapa para explorar, este título é um prato cheio, ou melhor dizendo, um mapa enormemente tentador.

Habilidades de uma Samurai

Aqui se percebe uma jogabilidade com uma bela mistura de DOOM Eternal, Mirror’s Edge, Dark Messiah e Elder Scrolls, mas com foco nas armas contemporâneas, onde o uso da espada é essencial para executar os “fatalities” e adquirir balas e energia.

A sua personagem é extremamente habilidosa, tornando-se uma bela samurai nas ruas estreitas e nos arranha-céus da cidade. Ela pode executar duplo salto, agarrar-se em plataformas e realizar um sprint, tanto no chão quanto no ar, tornando a jogabilidade bastante ágil.

Beyond Sunset
Toma uma espadada na fuça!

As armas de fogo possuem funcionalidades adicionais, como a pistola de energia obtida no início do jogo, que serve para desarmar inimigos com armadura, facilitando sua eliminação.

As melhorias tanto da personagem quanto das armas podem ser adquiridas em quiosques utilizando o dinheiro obtido em missões e derrotando inimigos. Isso é feito de forma simples, sem a necessidade de completar uma missão específica para desbloquear uma habilidade.

A beleza do Cyberpunk

Como o Beyond Sunset utiliza o GZDOOM, os gráficos são naturalmente em pixel art. A cidade de Sunset é bem caracterizada, aproveitando ao máximo o potencial da engine do DOOM e até ultrapassando suas capacidades. No entanto, há alguns detalhes a considerar.

Beyond Sunset
A bela cidade de Sunset

Não tenho certeza se é uma escolha deliberada da produtora ou uma limitação gráfica, mas os inimigos são consideravelmente pequenos em comparação com o restante do mapa e do jogo. Às vezes, sua aparência é um tanto estranha e, quando estão distantes, tornam-se difíceis de mirar com precisão devido ao tamanho diminuto.

Por outro lado, a representação da cidade de Sunset é uma verdadeira sujeira magnificamente concebida, capturando a essência do Cyberpunk de forma marcante a cada momento e em cada esquina da cidade.

Hackeie a Rede

Para quem leu a trilogia Sprawl de William Gibson, um dos grandes elementos da história está em acessar o ciberespaço e hackear algum sistema. E em Beyond Sunset existe essa possibilidade.

Como o jogo é imaginado como um futuro dos anos 20XX aos olhos oitentistas, você acessa uma máquina também em primeira pessoa e tem que destruir umas cabeças flutuantes feitas de gelo.

Quando se faz esta invasão, você acaba desbloqueando alguma parte nova do mapa ou alguma outra coisa que ainda não pude descobrir na jogatina que estou fazendo.

Mas só de ter essa possibilidade de hackear sistemas no jogo, ele já me remeteu à trilogia acima citada de William Gibson ou filmes como Johnny Mnemonic, estrelado por Keanu Reeves, o Cyborg do Futuro.

Pura batida oitentista

A trilha sonora é uma viagem no tempo para os fãs do eletrônico dos anos 1980. É surpreendente como muitos jogos com essa vibe retro e cyberpunk seguem essa direção.

Um exemplo notável é o Far Cry 3: Blood Dragon, um spin-off de Far Cry 3. Assim como Ion Fury. Não que isso seja negativo; quanto mais músicas oitentistas, melhor, e honestamente, elas se encaixam muito bem na atmosfera do jogo.

Entretanto, os efeitos sonoros exigem um ajuste no volume do jogo, já que há uma falta de equilíbrio em certos tipos de tiros e nos sons de morte dos inimigos.

Conclusão

Para quem curte FPS, é fã de Cyberpunk e da estética dos anos 80, e busca por algo diferente para jogar, mas ainda fácil de aprender, Beyond Sunset é um título que vale a pena conhecer.

O título foi lançado dia 8 de Novembro de 2023 no Steam e, por agora, está em Acesso Antecipado. Você encontra ele no GoG quanto no Steam pelo valor de R$ 32,99.

A Comunidade Mega Drive recebeu a Key para revisão do jogo.

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