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Retrocon, como foi?

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Retrocon 2023

Pois bem, a Comunidade Mega Drive cobriu o evento Retrocon, que aconteceu nos dias 29 e 30 de Julho de 2023, organizado pela Warpzone, A Casa do Videogame e o Mr. Games, com a proposta de reunir os apaixonados pelos jogos eletrônicos antigos num só local. Neste caso, Eu, Daniel Gomes e o Julio, o Chiarini, fomos de Rio de Janeiro a São Paulo cobrir o evento.

A priori fui com a cabeça achando que veria um evento voltado para vendas, e nada além disso, mas fui pego de surpresa ao ver que o local onde foi feito ele, no Pro Magno, era bem espaçoso e isso ajudou bastante para com o evento em si. Mas o que me fez ficar satisfeito é que o evento tinha muita coisa a se fazer, pelo menos em um dia.

Além dos tradicionais stands de vendas – porque evento não se vive só de evento -, com lojas com artigos de consoles antigos (entre os videogames em si, acessórios e muitas, mas muitas fitas, CD’s e DVD’s), algumas outras com coisas novas e, pelo que eu vi, até loja de café e de coisa para animais – nada contra, mas agora temos pets gamers?

O Sentimento de Locadora

Saindo da seara de vendas, a retrocon também trouxe cinco coisas bem bacanas, ao meu ver. A primeira delas foi o local onde estavam disponíveis diversos consoles e várias televisões onde qualquer um poderia se sentar ali e jogar. Tinha desde o Atari 2600 (na forma de um clone), passando pelo NES, Master, Mega Drive e chegando no PlayStation 3.

  • Retrocon

A vibe de locadora no local era muito bom e a sensação de jogar nos consoles antigos foi muito boa, na minha opinião. Ver pais e filhos jogando ali foi algo muito bacana, a transmissão da experiência neste quesito foi excepcional.

Mas, claro, nem tudo são flores, e neste canto da retrocon não é exceção. Colocaram CONSOLES mais novos, por assim dizer, em tvs de, sei lá, 10″? 12″? Jogar um PlayStation 2, 3, XBoX numa tv mínima não dá e olha que nem é porque uso óculos, mas não faz jus aos sistemas mais novos terem de usar tvs mínimas, enquanto que colocaram numa de 21″ um Atari 2600! Eu fiquei, ué, diabos foi isso?

Outra questão foi o espaço exíguo para se andar ali, pessoas com mobilidade reduzida ou mais largas não teriam como adentrar mais ao fundo do recinto – o mesmo problema que eu posso dizer do espaço fliperamas e do campeonato.

Ratos de Fliperama

Um outro espaço bacana é justamente um dos citados acima, que foi o espaço de fliperama. Entre máquinas originais e as multi-sistemas, tivemos ainda pinballs originais e digitais, um pinbolim e, um tempo depois, até uma máquina de Air Hockey.

Dou aqui destaque – e meus parabéns a Retrocon – por terem colocado uma máquina de Daytona USA – pena que só uma das cabines funcionando -, uma máquina original de Moonwalker e, também, PIT FIGHTER! Ver e poder jogar novamente Moonwalker e Daytona USA foi trazer do fundo do baú boas e velhas lembranças.

E até aproveitei para ver como me dou com os Pinball, já que como estava de graça, não estava arriscado a perder muito troco de pão, mas isso não é para mim, fico nervoso com as bolinhas caindo e eu apertando de forma lesada mais lenta do que o normal.

Quem vai ganhar essa?

Falando um pouco de lerdeza, teve aqui também o área do Campeonato, onde no dia que eu fiquei para ver qual era, teve os seguintes campeonatos: Street Fighter Zero 2, Marvel vs Capcom e, se eu não me engano, Mortal Kombat 2 e, novamente, teve pontos positivos e negativos. De positivo é a sorte dos jogos escolhidos – que teve mais três no dia seguinte -, mas de negativo ficou a organização e, novamente, o espaço, pequeno para acompanhar os combates e teve um outro porém, era do lado do palco principal, causando uma cacofonia sonora as vezes.

Por conta destas questões, acabou por não ficar para acompanhar os campeonatos. A falta de organização foi o principal fator, juntamente com o espaço em si, não podendo tirar foto ou fazer vídeos uma forma mais adequada.

Nosso amigo Júlio, o Chiarini, participou de um dos campeonatos e foi jogado contra a parede lindamente. Saiu todo quebrado e falou que a partir de agora só jogava Mario.

Vejam estas peças antigas!

E o que vem na quarta surpresa? Dois museus bem bacanas, um deles criado pela Tectoy, onde mostra uma pequena parcela dos produtos que eles lançaram no mercado brasileiro, sendo que eu destaco NEGATIVAMENTE, o uso do Mega Drive 2017 e o Zeebo, além de colocarem um Saturn branco ao invés do original lançado em 1995!

Mas de lado positivo tivemos ali um Teddy Ruxpin e a Estrelinha da Tectoy, baseada no desenho animado da Mônica. E outra coisa bem legal, um telão passando as propagandas antigas da empresa, dando um arremete nostálgico ímpar para o local.

Agora, para mim, o grande destaque nos dois museus – na verdade foram três, acabei por me esquecer o do XBoX, deixa eu ver se eu tirei alguma foto, se sim vai aparecer aqui em baixo, senão, continuemos, desculpe aí Alemon – voltando, bem, o que era mesmo? Ah, sim, o destaque!

O museu cronológico do VGDB, onde, na parede tinha as gerações dos consoles e um QR Code para que a pessoa interessada acessasse com o celular e, assim, tivesse as informações diretamente do site do VGDB.

Fisicamente estavam ali diversos consoles e destes alguns bem exóticos, como, por exemplo, o X’eye (o Wondermega 2), o Sega Dreamcast da Hello Kitty, o XBoX 360 do Star Wars, WonderSwan, um Famicom com o FamicomDisk e, até mesmo, o SG-1000 com o Graphic Board. Muitos consoles diferentes que eu curti ver – alguns pela primeira vez – outros que eu já tinha visto.

Os “influencers”

E, claro, para os atuais eventos, se faz necessário convidar e fazer parcerias com influencers, pois eles, atualmente, chamam muita atenção e na Retrocon não podia ter sido diferente.

Quem foi para o evento deste ano? Segue aqui a lista: 

Fresh (Não conheço)
Furipe (Não conheço)
Moriá (Não conheço)
Pink (Não conheço)
Renato Cavallera (Não conheço)
BRKSEDU (Agora conheço)
Fiaspo (Esse também)
Gusang (filho do Celso Affini)
Rato Borrachudo (Ouvi falar)
Sr. Wilson (Acredito que já vi um vídeo dele)
Velberan (É a pilha ainda?)
André Santi (Não conheço)
Victor Ludgero (hein?)
Ed (que homem!!)
Retrogamer Brasil (ainda preciso ver vídeos dele)
Marcelo Salsicha (sei nem que é)
Ana Paula Cadamuro (?)
Henrique Fedorowics (?²)

Vou colocar só algumas imagens de influencers aqui porque o servidor também não tem espaço infinito!

Ter influencer é importante, pois nos dois dias de evento, quando estes deram autógrafos, alguns a fila lotada – e isto chama bastante atenção.

E para terminar

Chegar lá não era difícil. Quem saísse do terminal da Barra Funda poderia pegar um ônibus e chegaria bem próximo do evento, ou poderia ir de uber / 99 que era de boa. Além de um estacionamento para quem fosse de carro.

Só que – sim, outro porém – para você chegar na Retrocon no prédio do evento, tinha de perguntar, porque estava acontecendo um evento de moda no mesmo dia e na hora que você entrava no prédio era a primeira coisa que chamava a atenção. A recepção da Retrocon em si ficava somente no segundo andar!

Chegando lá, o pessoal que era imprensa e expositor, rapidamente foram registrados e os trabalhos seguiram sem grandes problemas. A mesma coisa pode ser dita para os visitantes. Os banheiros estavam sempre limpos e a praça de alimentação tinha uma boa quantidade de lugares para se sentar (só o preço que era mais salgado que o sal da terra).

Um pouco antes das 10 do dia 29/07/2023.

Ademais, entre altos e baixos, entre coisas boas (videogames e se encontrar com amigos) e coisas ruins (alguns preços demasiadamente altos em produtos e na comida, pelo amor de Sócrates, devo ter ficado pobre só ali), a Retrocon foi um bom evento retrô e que, de acordo com os envolvidos, promete voltar em 2024, melhor e maior, e, com certeza, com mais espaço para a gente andar e colecionar memórias.

Parabéns ao Mr. Games, representado pelo Gilão, Warpzone, pelo Cleber e A Casa do Videogame, pelo Elton, pelo evento criado por vocês e que muitos outros venham ao longo dos anos.

Ah, e os pensamentos do Júlio? Sei lá, passou umas 4 horas jogando jogo de navinha o safado.

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