Eu preciso de um minuto para absolver essa informação. Depois do que eu vi nessa semana de um canal “retrogamer” que uma das pessoas nunca jogou Streets of Rage, mas jogou Mega Drive, bem…
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Não tem como não ficar com um pé atrás com boa parte dos criadores de conteúdos retrogamer que existem por aí. Sério. Ter se envolvido com o Mega Drive e nunca ter jogado Streets of Rage é o mesmo que ter um NES, Master, SNES, Saturn ou PSX e…
Não é possível, pensou o Mega Drive
Destes consoles nunca ter jogado o Mario, o Alex Kidd, o Zelda, o Panzer Dragoon ou um Gran Turismo! E este povo ainda se diz o baluarte do retrogaming.
Na verdade, o que eu muito venho percebendo ao longo desta última década é que o mais importante para um canal retrogamer não é o seu envolvimento no passado com os jogos eletrônicos, mas sim uma bela coleção – mesmo que ela seja de consoles e jogos que nunca jogou.
Com este cenário em mãos, você pode cuspir meio mundo de desinformação que as pessoas irão bater-lhe palmas, dar views e muitas curtidas porque, enfim, você tem uma coleção respeitável e fica mostrando isso em seu canal ou no seu Instagram.
Mesmo que você tenha jogado muito nas locadoras, nas casas dos amigos e afins nos anos de 1980 e 1990, nada disso importa se o seu fundo “gamer” seja uma sala com uma parada vazia e uma janela.
Ah, você não tem nenhum jogo físico e só joga emulador, é claro que não tem um pingo de bagagem gamer e é, provavelmente, uma pessoa que está no meio só para pegar views.
A capa engana
Temos aquele velho adágio: Nunca julgue um livro pela capa, mas, depois que acabei observando durante a semana, acabo por interpretar isso de outra forma.
Não que seja necessário ter jogado a biblioteca inteira de jogos de um determinado console para dar opinião, mesmo porque é socialmente impossível fazer isso. Mas não ter jogado os clássicos dos sistemas é de se levantar a orelha.
E quanto mais eu vejo o conteúdo retrogamer por aí, mais eu vejo que muitos criadores estão aí por pura e simples modinha desse meio, pegando informações desencontradas e que se propagam ao léu como um vírus.
Existem informações que podem ser verificadas facilmente e que, assim, bobagens não precisam ser replicadas. Só que para isso acontecer precisa de um esforço do criador de conteúdo para tal. A internet está cheia de livros oficiais com informações verídicas que podem ser lidos e usados como fonte de informação, deixando o achismo de lado, que é uma coisa muito importante.
Mas o pior é achar que os criadores de conteúdo grandes são o santo graal da informação, coisa que, em muitos os casos, não o são, mas se mostrar isso para os que passam o pano ou tem eles como ídolos, você acaba se tornando o hater, o chato, o invejoso.
Só sei que eu durmo tranquilo quando escrevo sobre os jogos que eu gosto ou dou opinião sobre algum título e fico puto com aqueles criadores que no afã do seu achismo falam umas cagadas sem igual, seja de qual plataforma for, Mega Drive, Super Nintendo ou qualquer outra.
Não se deixem levar por uma coleção CiB ou uma boa edição de vídeo se a informação não bate, é assim que os boatos são criados.
