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Streaming, botando prá lascar!

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Dia desses, fiquei curioso para saber o custo dos principais serviços de streaming no Brasil e fiquei surpreso com o valor absurdo que isso se tornou. Antigamente, cerca de dez anos atrás, tínhamos o Netflix como a principal plataforma de streaming, onde tudo o que queríamos assistir estava lá.

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Mas, claro, como tudo que funciona e que gera lucro atrai várias empresas para explorar um determinado mercado, depois de um certo tempo, começamos a ver as produtoras donas desses conteúdos agora criando os seus próprios serviços de streaming. Onde, de um lado, facilitaria o acesso a filmes e seriados antigos, pois o dinheiro do Netflix não era infinito e a empresa não podia comprar todo o catálogo de uma Paramount, por exemplo, por outro lado, começou-se a pulverização desses mesmos conteúdos.

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Imagem: Cedars

Apesar desse problema, no início, era algo que, poderíamos dizer, era sustentável. Plataformas por R$ 9,90, R$ 14,90 no máximo, a possibilidade de compartilhar o acesso com todo mundo e tudo o mais, facilitou a popularização desses serviços.

Só que com o passar do tempo, claro, os custos de operação desses serviços de streaming começaram a impactar as empresas, Netflix, Disney, Warner, entre tantas outras e, assim, a escalada de preços começou, assim como a limitação dos serviços.

Onde antes era possível assistir filmes em 4K e dividir em oito telas, tivemos a criação de uma segunda assinatura, agora em FullHD e quatro telas e outros serviços ainda criaram a categoria mais básica, em HD e duas telas e olhe lá.

A qualidade do serviço começava a decair, mas os preços começaram a aumentar. Era impressionante ver o Netflix, por exemplo, criar três tipos de contas, sendo que na mais básica a qualidade do vídeo era padrão, ou seja, míseros 480p, e o catálogo ficando cada vez pior.

Aí veio a pandemia e a quantidade de assinaturas explodiu. Netflix, Paramount+, Globoplay, Prime Vídeo, receberam uma quantidade absurda de assinaturas e volumes cada vez maiores de dinheiro, mas, em contrapartida, a melhoria do conteúdo era limitada ou não existia.

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Imagem: Globoplay – Serviço 100% brasileiro

Essa era dos serviços de streaming trouxe um verdadeiro sacrilégio para quem gosta de séries. Agora, ao invés de uma temporada com 20 episódios por ano, temos uma temporada de 10 episódios, às vezes divididos pela metade em dois meses. Espera-se, pelo menos, mais 6 meses e lançam os outros 5 episódios e, depois, espera-se entre 1 a 3 anos para ter uma nova temporada, acabando com o total interesse pelo seriado.

Além dessa situação (que acontece há uma década), a pandemia, felizmente, acabou, mas a escalada dos preços continuou, contribuindo para a diminuição, mês após mês, dos assinantes. Aí veio a brilhante ideia de… colocar propaganda nos serviços de streaming!

Quando pagamos pelo Spotify ou YouTube Premium, por exemplo, queremos ter acesso ao serviço sem precisar passar por propaganda, seja ela qual for. Então, agora, porque diabos a Netflix, Disney+ e a Amazon acham que iremos pagar pela assinatura mais básica para ter propaganda? Voltamos à TV a cabo?

Foi por conta disso que eu fui atrás de saber os preços dos planos médios dos atuais serviços de streaming no Brasil e a conta assusta.

Netflix: R$ 39,90
Prime Video: R$ 14,90
HBO MAX: R$ 34,90
Disney+: R$ 33,90
Star+: R$ 40,90
AppleTV+: R$ 21,90
Globoplay: R$ 24,90
Paramount+: R$ 14,90
Total: R$ 192!

Sim, eu sei que existem promoções em operadoras, no Mercado Livre e afins para diminuir os valores, mas a pessoa média brasileira muitas vezes nem percebe isso. Além disso, existem os serviços escusos de IPTV ou outros tipos de fácil acesso, mas de forma oficial, a pessoa pode chegar a pagar R$ 192,00 por mês para poder usufruir de todos os serviços, nos quais nem tem todo o conteúdo dos estúdios dos quais são donas.

CENTO E NOVENTA E DOIS REAIS para ter um serviço, muitas vezes, meia boca, com limitações de acesso e um atendimento ao cliente ruim.

E se pagar mais barato, agora vai ter que assistir propaganda!! Essas empresas estão pedindo para muitos de nós voltarmos à pirataria. E eu já estou quase pensando aqui em deixar de assinar o Netflix (eu não pago esse valor aí, o meu é mais barato) porque este ano vão aumentar o valor de novo.

Vocês estão de lascar! Vencá Stremio, vencá PirateBay, bora conversar.

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