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Nintendo, porque piratear é mais gostoso?

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Que meio planeta Terra tem uma raiva intrínseca a Nintendo todo mundo sabe e que boa parte dos gamers brasileiros estão com ojeriza para a empresa mãe do Mario não é segredo para ninguém, mas porque então agora estes sentimentos ficaram cada vez mais a mostra nestes últimos anos?

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Provavelmente não sou a melhor pessoa para falar sobre a Nintendo, pois, para começar, ao ler este pequeno artigo em questão vão achar que é apenas um viúvo da SEGA querendo atenção e ter uma oportunidade para falar da empresa, mas não é este o caso. Na verdade bem longe disto, diga-se.

A empresa trabalhando bem para trazer o “pior” do gamer médio pelo mundo, principalmente para com os seus fãs que adoram os seus jogos. Vemos notícias a ermo de quando um fã ou um grupo deles tenta criar um fangame, uma homenagem para com os tantos jogos e mundos que a Nintendo criou com uma carta de terminação e desistência, pelo simples fato de estarem mexendo com ips da empresa.

Nintendo
Pirataria é ilegal!

Claro, a mãe do Mario, Pokémon e Metroid não está errada. Ela é dona destas franquias e está com todo direito de proteger estas ips, seja de qual maneira for, mesmo que, para isso, tenha de entrar na justiça para mostrar que quem manda na parada é ela.

O grande porém é que ao fazer isto, criar toda uma confusão para proteger suas ips ao ponto de processar pessoas, não cria uma sensação de amigabilidade para com os seus fãs e dá espaço para muitas outras interpretações para suas ações perante o grande público, e isto falo mais do sentimento do gamer médio internacional. Aqui no Brasil, o negócio vai mais embaixo.

MAS E NO BRASIL?

A Nintendo já esteve no Brasil de várias formas, num primeiro momento foi de maneira completamente indireta com várias empresas brasileiras, com o uso da Reserva de Mercado. Gradiente, Dynacom, CCE, entre tantas outras aproveitaram das brechas que esta Lei permitia para criar clones do NES e do Famicom no Brasil.

Neste mesmo período a Tectoy veio com o Master System e o Mega Drive e mostrou que o mercado brasileiro tinha espaço para produtos oficiais, foi então que em 1993 uma parceria entre a Nintendo, Gradiente e Estrela, a Playtronic veio ao nosso país e consoles como NES, SNES e o GameBoy começaram a ser vendidos de forma oficial aqui.

 Enquanto os jogos não eram traduzidos para a nossa língua, tínhamos, pelo menos, caixas e manuais na mesma, tal qual a Tectoy fez com o Mega Drive, Master System, Game Gear, 32X e SEGA CD, num primeiro momento, e, depois, com o Saturn e Dreamcast.

Caixa de Nintendo 64 da Playtronic.

Esta parceria durou até 2003, onde o último produto que a empresa lançou no país foi o GameCube, após isso a Nintendo se ausentou do país sem trazer os consoles Nintendo DS, Wii, WiiU e o Nintendo 3DS. Depois de 17 anos, a Nintendo volta ao país com uma outra representação e em 2020 lança oficialmente o Nintendo Switch em nosso território nacional.

Mas, apesar disto, a empresa não lança os seus jogos em português, mesmo com os grandes apelos por parte dos seus fãs ao redor do país e isto é, de certa forma, extremamente ruim.

Além dos jogos que são lançados estarem alcançando um patamar acima dos R$ 300,00 (e isto não é exclusividade da Nintendo, Sony e Microsoft que o digam), ainda trazem jogos sem nenhum tipo de tradução, ou, pelo menos, nos seus jogos mais importantes, como o última Zelda, lançado em 2023.

Depois a empresa fica chiando quando um grupo de fãs faz a tradução do jogo (que foi vazado). Sim, claro, traduzir e/ou dublar jogos não é uma coisa barata a se fazer, principalmente em títulos como o The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, mas se você tem alguma representação no país e cobra caro por seus produtos, pelo menos ter o jogo em pt-br é o mínimo de respeito para o consumidor brasileiro e é neste ponto que a Sony e a Microsoft fazem um trabalho excepcional.

Jogos de third parties, em sua maioria, não são traduzidos, mas os criados por estas empresas, além de ter os textos em português, temos, algumas vezes, até localização de voz, mostrando aí um respeito para com a gente, o consumidor brasileiro.

Este descaso da Nintendo para com o país está de lascar e não dá para ficar defendendo a empresa só porque a mesma lançou o console atual dela e uma loja para compra de títulos em reais. Só isto não basta!

Por este e outros motivos que piratear Nintendo é gostoso demais.

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