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Videogame e o que está acontecendo?

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O Videogame

Ahhhh, jogar videogame. Quantas e quantas e quantas horas não passamos, ou passávamos, com aquele título maroto que nos desafiava todos os dias para que ele fosse finalizado?

Ou aquele outro jogo que ficávamos travados e, por insistência ou falta de atenção, falávamos como o jogo era roubado, estava quebrado ou que isso não tá certo?

Sem contar aquele outro título que finalizávamos uma, duas, três, quatro, dez vezes, mas, ainda assim, voltávamos para uma vez mais?

Em quantos mundos você já se perdeu? Em quantas batalhas você já liberou uma cidade, um país ou um universo inteiro? Quantas vezes você foi o grande campeão de basquete, hóquei ou futebol?

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Ele serve para extravasar

Jogamos videogame, em boa parte, para extravasar os estresses que nós recebemos todos os dias em nossas vidas, seja em parte pessoal, seja em parte profissional, pois este reduto eletrônico é o nosso paraíso particular e não se tem nada de errado – se não for de forma exagerada – nisso.

Cada pessoa neste planeta tem o seu hobby, tem aquilo que lhe permite passar mais um dia na Terra e seguir adiante com sua vida, alguns é sair com os amigos, outros é assistir um bom jogo de futebol, alguns mais é assistir novelas, filmes, seriados, outros ali gostam de fazer solidariedade em seu tempo livre e, entre tantos outros, nós gostamos de videogame e não há nada de errado nisso.

Apesar da separação que eu fiz em grupos, claro que existem as pessoas que misturam de tudo um pouco, pois nossos hobbies não precisam ser voltados apenas a um assunto, pelo contrário, é isto que nos torna humanos, uma maior diversidade entre escolhas e gostos.

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Zeebo é melhor que o Atari Jaguar!

Empurrar para que?

Pena que, atualmente, eu esteja vendo por aí muitos empurrando suas verdades, seus gostos, suas vontades para com aqueles que não tem estes tal qual deste ou daquele interlocutor.

É impressionante ver como cagar regra virou uma obrigação e se você tem uma opinião sobre certo produto ou atitude, agora é um hater, uma pessoa que só está ali para causar confusão e que ao emitir algo diferente está acabando com o “meu prazer de jogar/colecionar/acumular videogame”. E, pelos deuses, como isso é hipócrita.

Sou de um tempo da sociedade – assim como muitos outros por aí – que para combater uma crítica, positiva ou negativa, se faz com discussão, com troca de ideias e palavras e não jogar na cara que a pessoa é um hater e jogar na cara da mesma que: “Se você não gosta de produto X, então é hater”, se você fala PSX, fita, então você está errado. Se reclamar de certificação Aquaplay, é um imbecil e vou te bloquear porque não gosto de ser contrariado. Sério isso?

A internet é um local público, se você posta algo nas redes sociais para qualquer um ver, então tem de aguentar o fogo do play, se você escreve um texto num site para qualquer um acessar, tem de receber os comentários, sejam eles positivos, sejam eles negativos, não ficar chorando e taxando os outros de haters, que é a coisa mais imbecil que eu já vi nestes últimos 10 anos.

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Hater é discurso de ódio e não aquele que tem opinião diferente da sua.

Eu sou hater?

Fico impressionado, quando se fala de videogames, como as pessoas conseguem ser tão retrogradas, facínoras, hipócritas e infantis. Vi muitos dizendo que a Guerra de Consoles acabou, mas no primeiro momento que se posta algo contrário ao seu gosto particular, o cidadão é acusado de haterismo, de ser um ista de um lado e começa a cuspir toda a sua opinião dizendo que o outro sistema não presta, isto sem a pessoa que postou originalmente dar um juízo de valor.

Outro tanto é quando se fala de emulação, sendo que todos os minis consoles – e o Mega Drive 2017 – são emuladores, mas falam que jogar neles não é a mesma coisa que se jogar no produto original, mas defende os minis, pelos profetas!

E os acumuladores? Bom, estes nem se fala e nem vou citar os vendedores. E vendo aqui, sou aquele cara que gosta de causar mimimi por reclamar disso tudo acima, estou errado? Não, de forma alguma.

Num país democrático como o Brasil, onde é estabelecido por lei que todos tem direito a opinião, vedado o anonimato, eu estou apenas exercendo a minha cidadania e desta as pessoas tem todo o direito de contra-argumentar aquilo que estou dizendo nas palavras que vocês leem agora.

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Parar e pensar…

Creio que deveríamos voltar os nossos olhos para o grande elefante branco que existe nesta locadora. Os videogames e suas tribos estão tão divididos que daqui a pouco pode virar uma guerra. Uma cultura que deveria aproximar os velhos e os jovens, divertir a todos e ser apenas um hobby, virou um verdadeiro campo de batalha que só cresce e piora a cada dia.

Quando será que nós, apreciadores do bom e velho videogame, irão parar, se virar e observar que tudo o que é feito agora será refletido no futuro? Quando será que iremos nos tocar e entender que estamos apenas causando prejuízo em algo que amamos tanto e que, desde crianças, apreciamos com um sorriso no rosto?

Uma hora a bolha retro vai acabar, mas será que iremos apreciar isso? Uma hora a era do acúmulo também irá para o saco, mas será que ainda existirá colecionadores de fato? Creio que está na hora de revermos certas ações que nós fazemos, seja na internet, seja algo particular e parar…

PARA JOGAR VIDEOGAME.

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