Home Artigos PlayStation, a minha primeira jogatina no PSX!

PlayStation, a minha primeira jogatina no PSX!

124
0
playstation

Eu ainda me lembro da primeira vez que joguei um PSX, o famoso PlayStation lançado em 1994. Antes mesmo de encostar no console, vi ele pela primeira vez nas páginas da revista Ação Games. Achei bonito, moderno, mas o controle me pareceu estranho.


Naquele momento, o controle lembrava o do SNES. Só muito tempo depois eu descobri que a Sony e a Nintendo tinham, de fato, planos de lançar um addon em conjunto. O direcional em cruz tinha sido substituído por quatro botões separados. A primeira coisa que pensei foi: Como vou soltar um hadouken nisso?

Um controle estranho demais?

Mas isso nem foi o mais esquisito. Os botões clássicos A, B, X e Y sumiram. No lugar deles, figuras: X, triângulo, círculo e quadrado. O que a Sony estava pensando? Que ideia maluca era aquela? E esses L1, L2, R1, R2… Para que tantos botões assim PlayStation?

playstation

Mesmo assim, tudo mudou quando meu primo ganhou um PSX de presente da mãe em setembro de 1996, eu acho. Foi quando realmente conheci o console. Já tinha jogado antes no 3DO e no Saturn. No primeiro, experimentei Road Rash; no segundo, Daytona USA. Já dava para ver o futuro ali — o 3D estava transformando tudo.

Claro, o Road Rash era mais simples graficamente do que o Daytona USA, mas o salto já era visível. E com o PSX, a sensação só aumentou.

Meus primeiros jogos no PSX

Naquele dia, joguei três títulos marcantes: Resident Evil, Road & Track Presents: The Need for Speed e Mortal Kombat 3. Desses, os dois primeiros eram originais. Quando vi os discos pretos do PSX, achei estranho e fascinante. Nunca tinha visto algo parecido.

As caixas dos jogos também chamaram minha atenção. Eram parecidas com as longbox que já tinha visto no SEGA CD e no Saturn. Aliás, até hoje acho essas embalagens incríveis.

A experiência com Need for Speed

Eu já estava acostumado com jogos poligonais como IndyCar 500 e Hard Drivin’, além dos fliperamas com Virtua Racing e Daytona USA. Mas jogar Need for Speed no PlayStation foi algo de outro mundo.

A introdução em FMV era incrível. As fotos dos carros durante o loading e a possibilidade de jogar com a câmera interna criavam uma imersão absurda. Tudo isso em um console doméstico, com carros reais e trilha sonora empolgante. Apesar de já ter visto algo semelhante no PC, no console era uma experiência completamente nova.

Resident Evil me surpreendeu

Mas o jogo que realmente me pegou de surpresa foi Resident Evil. O vídeo em FMV no início já criava tensão. Os gráficos pre-renderizados, os sustos com os zumbis e a escassez de munição tornavam o clima único.

Eu jogava enquanto meu primo atuava como copiloto, tentando traduzir os diálogos do inglês. A gente foi longe na aventura. Porém, sem memory card, não sabíamos que morrer era game over definitivo. Perdemos tudo quando uma pedra nojenta esmagou a Jill Valentine. Uma jogatina quase perfeita, destruída em segundos.

A transição para o futuro dos games

Jogar PSX naquela época foi uma experiência marcante. Me sinto sortudo por ter vivenciado também o 3DO e o Saturn no lançamento. Aqueles anos mostraram, sem dúvida, como o futuro dos videogames seria.

A transição dos 16-bits para gráficos tridimensionais foi como uma explosão visual. Era o início de uma nova era — e eu tive o privilégio de fazer parte dela.

Comentários Facebook